
Não quero levantar a bandeira de que o cinema ficou mais fácil de ser feito. Talvez tecnicamente sim, mas em sua gênese, a sétima arte será sempre a arte de contar histórias projetadas num telão. Ai a criatividade é fundamental. Mas é inegável que as condições melhoraram, isso ninguém pode negar. Também não quero trazer a substituição da película em discussão, que há tantas décadas se mostrou insuperável. O que quero dizer é que hoje essa acessibilidade da qualidade fotográfica abre o campo para diretores que nunca sonhariam fazer um filme utilizando lentes intercambiáveis, por exemplo. Ou nunca pensariam em trabalhar com lentes macros, teles ou grandes angulares. Essa variedade de lentes que abrange as possibilidades de enquadramento e desfoques propositais que o cinema sempre utilizou.
Ainda com relação ao foco, a 5D tende a ter uma distância focal muito sensível. Se for utilizada uma tele-objetiva/200, um leve desfoque será inevitável em sua gravação. Ainda falando dos pontos fracos da 5D, a captura de áudio deve ser feita separadamente da câmera, para uma sincronização de imagem e som ser feita posteriormente. Esperamos que o próximos lançamentos da Canon, Nikon, Sigma e talvez Leica possam melhorar a captura de áudio em suas câmeras.
Mas esses dois pontos negativos não pode impedir um futuro cineasta de desembolsar cerca de R$ 7mil num equipamento de ponta, sendo que no Paraguai o preço pode cair até para R$ 5 mil. Agora é só esperar as novas produções cinematográficas saírem das gavetas dos novos cineastas do cinema digital.
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